Dirce Carneiro - Diana Gonçalves

Textos

ENCRUZILHADA
ENCRUZILHADA

Atrás da porta,
Espio você saindo
Deixando o rastro do teu abraço
Saudade.
Ainda queima minha boca
O fogo do teu beijo cálido
Molhado.
E tua voz dizendo - te amo,
ATA-me,
Liame que me leva onde estás,
E me capta, me laça, entrelaça.
Já não suporto ver tua partida,
E não quero mais viver de encontros,
Despedidas.
Mesmo sendo almas gêmeas-
Predestinadas.
Amor assim, amar sem compromisso-
Conflito.
Ser ponto marcado
Uma linha de agenda,
Uma pausa no tempo,
Enquanto é dia.
Já que a noite,
Dormes em  teu palácio:
Triste cenário da tua vida insípida
De convenções e hipocrisia.

Difícil escolha de vida
Me obrigaste:
Viver esta paixão autêntica
Ou deixar de ser assim – dividida.

28/10/2005
DIANA GONÇALVES
Enviado por DIANA GONÇALVES em 12/12/2005


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