![]() imagem google“SINTAXE AO ACASO” SELO POETRIX ATIVIDADE DE FÉRIAS - JANEIRO DE 2025SELO POETRIX – ATIVIDADE DE FÉRIAS “SINTAXE AO ACASO” (dinâmica inspirada em Gianni Rodari de "Gramática da Fantasia") Adaptação e coordenação de José de Castro
Como foi desenvolvida a atividade: Divisão em grupos. Foram distribuídas nove perguntas para cada grupo (as mesmas perguntas). Foi recomendado que os participantes não se comunicassem entre si. Recebidas as respostas no privado, o coordenador montou a narrativa, atribuindo título a cada uma das histórias. Para que a narrativa fluísse, construiu algumas ligações entre as respostas. O coordenador evitou mexer no texto das respostas, fazendo só pequenas intervenções que achou necessárias, sem, contudo, mudar o mérito das respostas. Depois, foi feita a mistura das duas histórias, que passaram por pequenas adaptações. ________________________________________-
HISTÓRIA UM (GRUPO A) (Dirce Carneiro, Margarida Montejano, Gilvânia Machado, Ximo Dolz, Tânia Souza, Marília Tavernard, Leonia Sá, Eliete Marry e Leila Alves)
ONDE ESTÃO OS MOINHOS DE VENTO?
A personagem da nossa história é Doce Dulcineia, amor platônico de Dom Quixote. Foi em abril de 1957 que aconteceu tudo o que vamos narrar aqui. Era pós-guerra. Nascia o futuro pesquisador da Universidade de Genebra e seus estudos linguísticos aplicados à Educação. O planeta experimentava transformações em velocidade nunca vista na História. A Humanidade jamais seria a mesma. Certa vez Dulcineia estava em um bosque que a envolvia em um abraço sombrio, e árvores centenárias, com troncos grossos e retorcidos, erguiam-se como guardiãs do passado. . A folhagem densa e verde-escura absorvia a luz, criando um ambiente de silêncio e mistério. Algumas raízes expostas se erguiam do chão como serpentes. Por alguma razão ela usava um chapéu-coco extravagante, amassado, de abas pequenas. Trajava um terno antiquado de tela de lã com xadrez escuro. Vestia calças compridas com pregas longas. Calçava sapatos grossos e bem desgastados. De repente o cenário se transformou e ela estava em um carro. Então, ela bateu a porta do veículo com força e desceu, ignorando a água parada no meio-fio que estragou os seus sapatos finos. Alguns carros frearam. Alguém a xingou. Ela começou a dançar. As mãos, o dorso, os braços moviam-se com intensidade, o corpo dobrava-se para, em seguida, alongar-se. As pernas erguiam-se com pressa, fome e fúria. A certo momento, como que caindo em si, ela disse: – “A dor me inspira, sou poeta sofredora.” Uma certa pessoa passou por ali e comentou: – É tarde. O ônibus está atrasado… Que lua linda está nascendo! – olhando para o céu, interpelou – Lua, você me faz companhia até o ônibus passar? Naquele momento, ouvia-se na rádio o xote “Se tu quiser”, interpretado por Santana, o cantador. Dulcineia ignorou tudo aquilo. Subiu num cavalo branco que passava e, galopando, foi feliz para sempre!
- FIM - (História montada por José de Castro, 11-01-2025)
======================================== HISTÓRIA DOIS (Grupo B) (José de Castro, Marianne Sobreira, Valéria Pisauro, Andréa Abdala, Joseane Francisco, Vera Azevedo, Paula Cobucci, Marli Fróes e Marcos Campos)
A MENINA E O MENESTREL
A personagem da nossa história é uma menina sonhadora, filha de mãe enfermeira e pai médico. Ela é a caçula de dois irmãos e vivia em seu mundo, sempre introspectiva. Tudo se deu num tempo sem tempo, quando cobra tinha perna e as galinhas tinham dente, quando as pessoas ainda colocavam cadeiras na calçada para jogarem conversa fora. Pois foi numa tarde preguiçosa assim que tudo aconteceu. Do canto do balcão, ela observava a movimentação da Bodega do Mané, única parada depois de 100 quilômetros rodados, em pleno cerrado. Ela trajava seu melhor terno azul, estilo inglês, corte reto, bolsos laterais, botões de madeira, padrão sutil, listrado. Depois saiu da bodega, a esmo, alguém ao seu lado. Seus ossos doíam, cansados de caminhar. Sentia que seu corpo estava em transformação. Aproximou-se das peônias, quase desmaiando de dor. Indignada com seu companheiro, sacode as mãos ao acaso, olha fixamente para ele e grita furiosamente: – Mas então é isso que temos para o novo ano??? É isso?!! Isso é um desaforo de sua parte! Alguém que transitava por ali observou sarcasticamente: – Quanto mais o tempo passa, mais as pessoas perdem tempo com coisas fúteis! Naquele momento, ouvia-se na rádio o rock “With or without you”, da banda U2. “Eu só sei que foi assim”! Que me fiz um menestrel Juntando vocês a mim Nos escritos de um papel Em versos de Liberdade A inclusão da atividade No final do meu Cordel.”
FIM - (História montada por José de Castro, 11-01-2025) ========================================
FUSÃO DAS DUAS HISTÓRIAS
(Grupo A: Dirce Carneiro, Margarida Montejano, Gilvânia Machado, Ximo Dolz, Tânia Souza, Marília Tavernard, Leonia Sá, Eliete Marry e Leila Alves; Grupo B: José de Castro, Marianne Sobreira, Valéria Pisauro, Andréa Abdala, Joseane Francisco, Vera Azevedo, Paula Cobucci, Marli Fróes e Marcos Campos)
ONDE ESTÃO OS MOINHOS DE VENTO, SENHOR MENESTREL?
Nesta insólita narrativa temos duas personagens: uma menina sonhadora, filha de mãe enfermeira e pai médico. Ela é a caçula de dois irmãos e vivia em seu mundo, sempre introspectiva. A outra personagem é nada mais nada menos que a Doce Dulcineia, amor platônico de Dom Quixote. Foi em abril de 1957 que aconteceu tudo o que vamos narrar aqui. Era pós-guerra. Nascia o futuro pesquisador da Universidade de Genebra e seus estudos linguísticos aplicados à Educação. O planeta experimentava transformações em velocidade nunca vista na História. A Humanidade jamais seria a mesma. Na verdade, tudo se deu num tempo sem tempo, quando cobra tinha perna e as galinhas tinham dente, quando as pessoas ainda colocavam cadeiras na calçada para jogarem conversa fora. Pois foi numa tarde preguiçosa assim, daquele abril de 1957 que tudo aconteceu. Certa vez Dulcineia estava em um bosque que a envolvia em um abraço sombrio, e árvores centenárias, com troncos grossos e retorcidos, erguiam-se como guardiãs do passado. A folhagem densa e verde-escura absorvia a luz, criando um ambiente de silêncio e mistério. Algumas raízes expostas se erguiam do chão como serpentes. Por outro lado, a menina sonhadora estava no canto do balcão da Bodega do Mané, de onde ela observava a movimentação. Ali era única parada depois de 100 quilômetros rodados, em pleno cerrado. Por alguma razão inexplicável, Dulcineia usava um chapéu-coco extravagante, amassado, de abas pequenas. Trajava um terno antiquado de tela de lã com xadrez escuro. Vestia calças compridas com pregas longas. Calçava sapatos grossos e bem desgastados. Por sua vez, a nossa personagem menina trajava o seu melhor terno azul, estilo inglês, corte reto, bolsos laterais, botões de madeira, padrão sutil, listrado. De repente o bosque sombrio de Dulcineia se transformou e ela estava em um carro. Então, ela bateu a porta do veículo com força e desceu, ignorando a água parada no meio-fio que estragou os seus sapatos finos. Alguns carros frearam. Alguém a xingou. Ela começou a dançar. As mãos, o dorso, os braços moviam-se com intensidade, o corpo dobrava-se para, em seguida, alongar-se. As pernas erguiam-se com pressa, fome e fúria. A certo momento, como que caindo em si, ela disse: – “A dor me inspira, sou poeta sofredora.” Um pouco mais distante daquele bosque, a menina cansou-se da bodega do Mané e saiu andando a esmo, alguém ao seu lado. Seus ossos doíam, cansados de caminhar. Sentia que seu corpo estava em transformação. Aproximou-se das peônias, quase desmaiando de dor. Indignada com seu companheiro, sacode as mãos ao acaso, olha fixamente para ele e grita furiosamente: – Mas então é isso que temos para o novo ano??? É isso?!! Isso é um desaforo de sua parte! Alguém que transitava por ali observou sarcasticamente: – Quanto mais o tempo passa, mais as pessoas perdem tempo com coisas fúteis! Um pouco distante dali, Dulcineia, ainda com ares de poeta sofredora, ouviu alguém comentando: – É tarde. O ônibus está atrasado… Que lua linda está nascendo!
Um pouco distante dali, Dulcineia, ainda com ares de poeta sofredora, ouviu alguém comentando: – É tarde. O ônibus está atrasado… Que lua linda está nascendo! – olhando para o céu, interpelou – Lua, você me faz companhia até o ônibus passar? Naquele momento, ouvia-se na rádio o final do xote “Se tu quiser”, interpretado por Santana, o cantador. Em seguida, a emissora passou a tocar o rock “With or without you”, da banda U2. Dulcineia ignorou tudo aquilo. Subiu num cavalo branco que passava e, galopando, foi feliz para sempre! “Eu só sei que foi assim”! Que me fiz um menestrel Juntando vocês a mim Nos escritos de um papel Em versos de Liberdade A inclusão da atividade No final do meu Cordel.” - FIM – _______________________________________________________ GRUPO A 1. Dirce Carneiro 2. Margarida Montejano 3. Gilvânia Machado 4. Ximo Dolz 5. Tania Souza 6. Marília Tavernard 7. Leonia Sá 8. Eliete Marry 9. Leila Alves
Grupo B 1. José de Castro 2. Marianne Sobreira 3. Valéria Pisauro 4. Andréa Abdala 5. Joseane Francisco 6. Vera Azevedo 7. Paula Cobucci 8. Marli Fróes 9. Marcos Campos __________________________________
PERGUNTAS E RESPOSTAS DO GRUPO A (Dirce Carneiro, Margarida Montejano, Gilvânia Machado, Ximo Dolz, Tânia Souza, Marília Tavernard, Leonia Sá, Eliete Marry e Leila Alves) 1. (A - Dirce Carneiro – QUANDO ACONTECEU? “Quando foi que isto aconteceu?” (somente a data, a época). 1.A- Dirce Carneiro – QUANDO ACONTECEU? Abril de 1957. Pós-guerra. Nasce o futuro pesquisador da Universidade de Genebra e seus estudos linguísticos aplicados à Educação. Nas paradas de sucesso, rock and roll de Elvis Presley, Jaillhouse Rock. O planeta experimenta transformações em velocidade nunca vista na História. A Humanidade jamais será a mesma. OBS. Nesta resposta, ao montar a história, achei por bem cortar a frase: “Nas paradas de sucesso, rock and roll de Elvis Presley, Jaillhouse Rock.” A razão do corte deve-se ao fato de existir uma pergunta específica, a pergunta número 8 para ambos os participantes dos grupos. Entendi que essa resposta poderia entrar em choque com as respostas dos outros participantes.
2. A-Margarida Montejano – QUEM ERA? “Quem era o (a) personagem da história?” Sua resposta: 2.A- Margarida Montejano – QUEM ERA? “Era a Doce Dulcineia, amor platônico de Dom Quixote.”
3. A-Gilvânia Machado – ONDE ESTAVA? “Qual era o local em que o (a) personagem estava, a sua localização?” Sua resposta: 3.A- Gilvânia Machado – ONDE ESTAVA? O bosque antigo envolvia o personagem em um abraço sombrio, onde as árvores centenárias, com troncos grossos e retorcidos, erguiam-se como guardiões do passado. A folhagem densa e verde-escura absorvia a luz, criando um ambiente de silêncio e mistério. Algumas raízes expostas se erguiam do chão como serpentes.
4. A-Ximo Dolz – COMO SE VESTIA? “Como o (a) personagem estava vestido, qual o seu traje?” Sua resposta: 4.A- Ximo Dolz – COMO SE VESTIA? Chapéu-coco extravagante, amassado, de abas pequenas. Terno antiquado de tela de lã com xadrez escuro. Calças compridas com pregas também compridas. Sapatos grossos, desgastados.
5. A-Tânia Souza – O QUE FAZIA? “O que o(a) personagem estava fazendo?” Sua resposta: 5.A- Tânia Souza – O QUE FAZIA? Bateu a porta do carro com força e desceu, ignorando a água parada no meio-fio estragando o sapato fino. Os outros carros frearam. Alguém xingou. Começou a dançar. As mãos, o dorso, os braços movendo-se com intensidade, o corpo dobrando-se para, em seguida, alongar-se. As pernas ergueram-se com pressa, fome e fúria.
6. A-Marília Tavernard – O QUE DISSE? O que o (a) personagem disse a alguém? Sua resposta: 6.A- Marília Tavernard – O QUE DISSE? “A dor me inspira, sou poeta sofredor.”
7. A-Leonia Sá – O QUE DISSERAM OS OUTROS? O que disseram (comentaram) outras pessoas? (coloque somente a fala, certo?) Sua resposta: 7. A- Leonia Sá – O QUE DISSERAM OS OUTROS? É tarde. O ônibus está atrasado. Que lua linda está nascendo. Lua, você me faz companhia até o ônibus passar?
8. A-Eliete Marry – QUE MÚSICA SE OUVIA? “Ouvia-se uma música ao longe. Que música era?” (somente o nome da música e o ritmo). Sua resposta: 8.A- Eliete Marry: QUE MÚSICA SE OUVIA? Resposta: Cantor: Santana, o cantador Música: Se tu quiser Ritmo: Xote
9. A-Leila Alves – COMO ACABOU A HISTÓRIA? Como acabou a história? Sua resposta: 9. A – Leila Alves – COMO ACABOU A HISTÓRIA? E galopando num cavalo branco, foram felizes para sempre. ========================================
PERGUNTAS E RESPOSTAS DO GRUPO B (José de Castro, Marianne Sobreira, Valéria Pisauro, Andréa Abdala, Joseane Francisco, Vera Azevedo, Paula Cobucci, Marli Fróes e Marcos Campos)
1. B- José de Castro) – QUANDO ACONTECEU? “Quando foi que isto aconteceu?” (somente a data, a época). Sua resposta: 1. B- José de Castro – QUANDO ACONTECEU? Tudo se deu num tempo sem tempo, quando cobra tinha perna e as galinhas tinham dente, quando as pessoas ainda colocavam cadeiras na calçada para jogarem conversa fora. Pois foi numa tarde preguiçosa assim que tudo aconteceu.
2. B-Marianne Sobreira – QUEM ERA? “Quem era o (a) personagem da história?” Sua resposta: 2B – Marianne Sobreira – QUEM ERA? “Era uma menina sonhadora, filha de mãe enfermeira e pai médico. Era a caçula de dois irmãos e vivia em seu mundo, sempre introspectiva.”
3. B-Valéria Pisauro – ONDE ESTAVA? “Qual era o local em que o (a) personagem estava, a sua localização?” Sua resposta: 3. B- Valéria Pisauro – ONDE ESTAVA? Do canto do balcão, observava a movimentação da Bodega do Mané, única parada depois de cem quilômetros rodados, em pleno cerrado.
4. B-Andréa Abdala – COMO SE VESTIA? “Como o (a) personagem estava vestido, qual o seu traje?” Sua resposta: 4.B- Andréa Abdala. - COMO SE VESTIA?
Trajava seu melhor terno azul, estilo inglês, corte reto, bolsos laterais, botões de madeira, padrão sutil, listrado. 5. B-Joseane Francisco – O QUE FAZIA? “O que o(a) personagem estava fazendo?” Sua resposta: 5.B- Joseane Francisco – O QUE FAZIA? Seus ossos doíam, cansados de caminhar. Sentia que seu corpo estava em transformação. Aproximou-se das peônias, quase desmaiando de dor.
6. B-Vera Azevedo – O QUE DISSE? O que o (a) personagem disse a alguém? Sua resposta: 6.B- Vera Azevedo – O QUE DISSE? Indignada com seu companheiro, sacode as mãos ao acaso, olha fixamente seu companheiro e grita furiosamente: -Mas então é isso que temos para o novo ano??? É isso?!! Isso é um desaforo de sua parte!
7. B-Paula Cobucci – O QUE DISSERAM OS OUTROS? O que disseram (comentaram) outras pessoas? (coloque somente a fala, certo?) Sua resposta: 7.B- Paula Cobucci: - O QUE DISSERAM OS OUTROS? Os outros disseram o seguinte: “Quanto mais o tempo passa, mais as pessoas perdem tempo com coisas fúteis!”
8. B-Marli Fróes – QUE MÚSICA SE OUVIA? “Ouvia-se uma música ao longe. Que música era?” (somente o nome da música e o ritmo). Sua resposta: 8.B- Marli Fróes – QUE MÚSICA SE OUVIA? Tocava o rock With or without you, de U2
9. B-Marcos Campos – COMO ACABOU A HISTÓRIA? Como acabou a história? Sua resposta: 9. B- Marcos Campos – COMO ACABOU A HISTÓRIA? Versão poesia: “Eu só sei que foi assim”! Que me fiz um menestrel Juntando vocês a mim Nos escritos de um papel Em versos de Liberdade A inclusão da atividade No final do meu Cordel
DIANA GONÇALVES e Dirce Carneiro e escritores/poetas/poetrixtas do Grupo Selo Poetrix
Enviado por DIANA GONÇALVES em 12/01/2025
Alterado em 13/01/2025 Comentários
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