Bom dia, porque bom é este dia,
Feito para cantar um novo canto.
A noite já vai, mas ainda espia,
Os sonhos gestados em seu manto.

Uma brisa acaricia o meu rosto.
Um tapa de vida, um ir em frente,
Convite para ver o pressuposto,
De fazer valer a pena ser vivente.

Quando corpo e alma convalescem,
Há mais tempo dedicado à escuta,
Vozes antes escondidas aparecem,
Nas frestas da quietude absoluta.

Refletir nos transforma em melhores atores,
Quando em cada dia temos novo ato criado.
Assume o viver outros contornos e cores,  
O que era óbvio ganha novo significado.



18/09/2007 - Convalescença