Mote: Desejo de Regresso - Cecília Meirelles
Desejo de regresso
Deixai-me nascer de novo, nunca mais em terra estranha, mas no meio do meu povo, com meu céu, minha montanha, meu mar e minha família. E que na minha memória fique esta vida bem viva, para contar minha história de mendiga e de cativa e meus suspiros de exílio. Porque h'a doçura e beleza na amargura atravessada, e eu quero memória acesa depois da angústia apagada. Com que afeição me remiro! Marinheiro de regresso com seu barco posto a fundo, ás vezes quase me esqueço que foi verdade neste mundo. (Ou talvez fosse mentira) Cecília Meireles (in Mar absoluto) *** Raízes Meu povo Minhas raízes Minha razão *** No Topo Exilo-me No alto da montanha Encontro-me *** O FIM CHEGOU //WELCOME Vou colocar “the end” //Vê se compreende Como aviso de porta, //D’ont disturb Melodia torta ,não quero escutar // Only good news Denise Severgnini // Diana Gonçalves 17/08/2007 *** MINHA VIDA//NO ESPELHO //ENIGMAS // D'ALMA // SOFREDORA Desenhos de mim são//No espelho do meu quarto,// Segredos de estado // Amores confiscados // Sentimentos confinados rascunhos guardados,//Nos recantos da memória //Com traços codificados//são sonhos apaixonados // que teimam em voltar a compor uma obra prima//Escrevo tua história //Em forma de enigma // cravados n'alma // como flagelo Denise Severgnini//Claude Bloc //Diana Gonçalves // Mari Saes // Mardilê Friedrich Fabre 17/08/2007 *** EXÍLIO Partir para o exílio No alto da montanha Não ouvir ruídos *** EXÍLIO // PAZ Partir para o exílio // Em busca de tranqüilidade No alto da montanha // No meio da imensidão Não ouvir ruídos // Apenas o silêncio Diana Gonçalves // Mardilê Friedrich Fabre *** EXÍLIO // DESTÊRRO Partir para o exílio// longe da Terra No alto da montanha // no píncaro do Universo Não ouvir ruídos // não mais me extressar Diana Gonçalves // Victoria Magna *** REGRESSO Volto para os meus Bato à porta. Cheiro de açafrão. *** REGRESSO // AO LAR Volto para os meus //Retorno aos meus amores Bato à porta. // Entro no passado. Cheiro de açafrão. // Comida caseira. Diana Gonçalves // Mardilê Friedrich Fabre *** METADES//Sobras//CACOS // PEDAÇOS//RESQUÍCIOS // QUEBRA-CABEÇA Estilhaçadas//faces feridas//desafiam as cicatrizes. // São tatuagens de ti//cortes profundos n ’alma // Calidoscópios Em pedaços//vidros, apenas//quebram com estardalhaço.//Destroçadas em fragmentos//dilacerada em pó.// Peças que não se encaixam Olheiras no espelho//esperar amanhã...//pelo velho palhaço. // Avesso de mim//Meu ser antagônico...// Contrastes em relevo Gilnei Nepomuceno/Sunny Lóra/Mariana Sayuri // Mardilê Friedrich Fabre//Nel Santos // Diana Gonçalves *** MÃE Sou mendiga, sou cativa Da sua presença de outrora Imagem sempre-viva *** MÃE // QUERIDA Sou mendiga, sou cativa //Jamais me esqueci Da sua presença de outrora // da sua voz canora Imagem sempre-viva // Personalidade ativa Diana Gonçalves // Mardilê Friedrich Fabre *** Anistia De pé, na praia, Espreito, onde o mar termina, Um vulto de barco *** Migração Pássaros em festa Voltam em passarada Terminou a invernada *** Migração // Revoada Pássaros em festa // com vôos rasantes Voltam em passarada // em grupos alados Terminou a invernada // retornam ao ninho Diana Gonçalves // Victoria Magna *** Migração // Nova estação Pássaros em festa // Jovens em seresta Voltam em passarada // Vivendo em traquinada Terminou a invernada // Começou a primavera Diana Gonçalves // Mardilê Friedrich Fabre *** Bom é Chegar No fim da jornada Na porta da cidade As vozes de casa *** Bom é chegar // Sem aviso No fim da jornada // Das andanças cansada Na porta da cidade // Despida de ansiedade As vozes de casa // Buscando cuidados Diana Gonçalves // Mardilê Friedrich Fabre *** 17/08/2007 - Parceiros de Poetrix - Mote: Desejo de Regreso - Cecília Meirelles
DIANA GONÇALVES
Enviado por DIANA GONÇALVES em 21/08/2007
Alterado em 21/08/2007 |