Dirce Carneiro - Diana Gonçalves

Textos

POEMA SOMBRIO
Adeus às armas,
Diz meu instinto fatigado.
Já não empunho lanças mortíferas,
Nem  o pensar angustiado.

Chegou o inverno.
O frio gela a alma inquieta.
Os horizontes são obscuros.
A linha tênue, entre a luz e as trevas.

Cambaleio entre a multidão.
Passam por mim indiferentes,
Rostos anônimos, sem significado.
Passos lentos, pesados, sem rumo.

Na minha direção, ninguém.
Mundo vazio e cinzento.
Gélido, sombrio..
Rostos tétricos me espreitam.

Mãos apertam meu peito,
Sufocam na escuridão,
O tênue limite que sustenta
O fio entre a vida e a morte.

Abro os olhos.
Acordo.
O sonho não é diferente
Do mundo real.


28/06/2007
DIANA GONÇALVES
Enviado por DIANA GONÇALVES em 29/06/2007


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