Nina
-Diana Gonçalves



Equilíbrio une meus pólos
-Sou ave de migração, bato asas no inverno
Meus joelhos não dobro
-Sou urso polar, se preciso, recuo, hiberno
Balanço os galhos do invento
-Colho frutos plantados, tenho instinto materno
Não tenho medo nem me arrependo
-Sou duro, sou dócil, sou firme, sou terno.

Entre as folhas e ramos
-Camuflo-me como na guerra
Como partitura que seduz a colcheia
-Atraio a presa para o alto da serra
Minha sorte como um amigo me presenteia
-Parceiros na luta, no verso, na terra      
Da nossa sorte dependem nossos planos!
-Para saber as ciladas que a vida encerra.

E a mente bem ponderada
-Escutando o que diz a sabedoria.
Não me abalo por nada,
-Observo como a coruja, canto qual cotovia
Prendo meus inimigos pelos pés,
-Os que ousarem aparecer na cercania,
Espero o momento certo de cocha,
-Inútil será ato de valentia.

Luto com a raça que me condiz,
-É o meu jeito de viver.
Não deixo de passar boa mensagem
-Nem a hora do bem-fazer.
Em tempo constante de ser quem diz
-Reservo tempo para o prazer,
Sou um ser completo e feliz,
-Do nascer do sol até o  anoitecer.

Mantenho somente o melhor.
-Cada instante,  vivo-o com ardor.
A vida é firme em meus braços,
-Agradeço quem seguir meus passos.
Parece que vivo a compor,
-Persigo o poema como caçador,
-Da poesia sou cooperador,
Sou poeta, sou compositor!
-Do mote perfeito que é o amor!



25/06/2007