Dirce Carneiro - Diana Gonçalves

Textos

A ARTE É POSSÍVEL OU VERDES MARES SOMOS TODOS NÓS
LUCIANE D’ALESSANDRO EXPÕE COM ALUNOS


Apregoam os ditames pedagógicos que o aprendizado é um caminho de duas mãos. Se assim é, a mão na direção dos alunos vem repleta de lições que transcendem o ofício de pintar, de esculpir ou desenhar.

O contato, não só com a artista, mas com o ser humano de maneira integral, nos dá a dimensão do que significa exercer, não só Artes Plásticas, como também a arte de viver com inteireza, dedicação e responsabilidade. A Exposição Verdes Mares Somos Todos Nós, ilustrada com textos do professor e poeta Waldemar Pereira Rodrigues Filho,  dá exemplo cabal desse fato.

A fidelidade dedicada ao seu dom, transformado em talento porque aperfeiçoado com estudos acadêmicos e exercitado com muita verdade, constitui-se num espelho para aqueles que têm a oportunidade de privar do seu convívio.

As palavras de incentivo, a liberdade e o respeito às aptidões e tendências de cada aluno são, entre outras, as marcas da estratégia que possibilitam aflorar as habilidades de cada um, para emergir, na superfície do imenso oceano contido no ser,  a personalidade, o traço antes não descoberto de artistas em potencial. Fica patente, nas aulas, que esta é sua meta e isto é trabalhado individualmente.

Outra preocupação que norteia seu contato com os alunos é considerá-los na sua totalidade e essa postura nos dá uma idéia do desafio que é o exercício do trabalho a que se propõe.

Tão completa relação se traduz na palavra que bem pode representar o motor que a move – Amor.

Amor à Arte, e aí poderíamos indagar sobre a inquietação presente nas suas obras.

A resposta é sugerida pela observação de seus quadros e de novo a palavra Amor surge com um complemento: Amor à verdade, aqui, uma representação bem ampla do termo, desdobrada em auto-conhecimento, evolução, visão de mundo, sentimentos, preocupação com o meio-ambiente, conscientização e por fim – doação.

Disse no início,  sobre um caminho de duas mãos. De nossa parte,  subjetivamente, que podemos oferecer, além do nosso reconhecimento?

A celebração por nos descortinar o mundo lúdico das Artes. Agradecer por nos abrir o entendimento de que esse mundo é acessível a todos quantos se acercam dele, seja para aprender, para transmutar a alma para um estado são, seja num gesto de pura e simples contemplação.



Quem desejar conhecer mais do trabalho da Professora Luciane d’Alessandro pode acessar a página Vida e Arte, do crítico de Arte Oscar D’Ambrósio, no endereço
http://www.artcanal.com.br/oscardambrosio/lucianedalessandro.htm
visitar em junho  a Exposição Verdes Mares Somos Todos Nós, no Conjunto Nacional – Av. Paulista, 2073 – São Paulo – SP e ainda na sua escola Art Pop – Rua Augusta, 1405 – SP – Capital - Tel. (11) 32849282.


12/06/2007


Somos verdes
Porque sempre é tempo de amadurecer nosso olhar para as questões que envolvem a sobrevivência do homem.

Somos verdes, porque a esperança tinge o painel da nossa consciência e nos aponta os versos do poeta:
"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"
                                        Fernando Pessoa

Somos verdes mares, porque nos identificamos com o belo, o grande, o profundo, o vivo e com aquele que grita: - "Cuidado".

Verdes mares somos todos nós, seres únicos, unos, com a seta indicando o futuro possível, o infinito - natureza e homem - irmanados na preservação do bem mais caro, valioso - a Vida.

15/06/2007



DIANA GONÇALVES
Enviado por DIANA GONÇALVES em 12/06/2007
Alterado em 15/06/2007


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