PÓS-MODERNISMO - GUIMARÃES ROSA
GUIMARÃES ROSA
JOÃO GUIMARÃES ROSA * 1908 - Cordisburgo – Minas Gerais + 1967 - Rio de Janeiro VIDA - Foi médico, diplomata, embaixador, romancista, novelista, contista - Formado em Medicina no interior de Minas Gerais, onde foi médico da Força Pública local. - Entra na diplomacia, chegando a embaixador. - Ganha prêmio com um livro de versos que não publicou. É o marco inicial de sua carreira literária. 1946 – publica coleção de contos – Sagarana. - 1956 – publica Corpo de Baile – novela; Grande Sertão: Veredas – romance. OBRAS ROMANCE 1956 – Grande Sertão: Veredas CONTOS 1946 – Sagarana – coletânea de contos 1952 – com o Vaqueiro Mariano 1962 – Primeiras Estórias 1967 – Tutaméia (Terceiras Estórias) NOVELAS 1956 – Corpo de Baile – dois volumes. Atualmente Corpo de Baile é reeditado em três volumes independentes: Manuelzão e Miguilim; No Urubuquaquá, no Pinhém e Noites no Sertão. CARACTERÍSTICAS 1 – Regionalismo diferente, no qual a invenção, inclusive lingüística, supera de muito os valores locais. 2 – Grande Sertão Veredas era para ser uma das novelas, ampliou-se até as dimensões atuais. 3 – Estilo original de criação e da visão do mundo. 4 – Apesar de o regionalismo ser um tema gasto, conseguiu fazer um livro de valor universal, em que os elementos pitorescos são mais condutores de um senso profundo dos grandes problemas do homem. 5 - Deve-se isso à sua capacidade de criar um estilo próprio, baseado na contribuição regional e remontando-o, graças ao arcaísmo desta a velhas matrizes da língua. 6 – Fusão do local e universal, de presente e eterno, aproxima a sua obra das grandes experiências literárias da cultura moderna. 7 - Lirismo delicado, que é a essência das coisas, não maculadas; rudeza e aridez das relações humanas. 8 – Primeiro entre nós que conseguiu captar um mundo regional através de um prisma universal. 9 – A obra de Guimarães Rosa veio concretizar a nova dimensão que o regionalismo estava esperando: a dimensão do espírito e do mistério das coisas. GRANDE SERTÃO: VEREDAS - O romance é narrado na primeira pessoa em monólogo ininterrupto, por Riobaldo, velho fazendeiro do norte de Minas, antigo jagunço, que conta a sua vida e as suas angústias. - primeiro bandido, depois chefe de bando, a sua tarefa principal é vingar a morte do grande chefe Joca Ramiro, assassinado à traição. Para isso estabelece um pacto com o diabo, que não sabe se foi realmente feito, mas que depois o atormenta pelo resto da vida, numa dúvida insanável. - o seu maior amigo e companheiro de armas é Reinaldo, quem chama Diadorim e por quem sente uma extrema amizade, que se aproxima do amor e o deixa perturbado. O fato se explica quando Diadorim morre em duelo, matando ao mesmo tempo o traidor Hermógenes: era a moça Diadorina, filha de Joca Ramiro, disfarçada de homem. - na estrutura do livro, os fatos são transpostos para uma atmosfera lendária e o real se cruza com o fantástico. - concepção de vanguarda – universalismo literário moderno – desestruturação da linguagem literária tradicional. - aspecto temático – retrata o coronelismo em função do tema filosófico – ser ou não ser. - mundo cultural identificado com o regionalismo sertanejo. Apontamentos para Vestibular
DIANA GONÇALVES
Enviado por DIANA GONÇALVES em 27/05/2007
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