REALISMO NO BRASIL

INTRODUÇÃO: PORTUGAL

1865 – Questão Coimbrã – Castilho(Romântico) X Quental (Realista)
1890 – Oaristos de Eugênio de Castro

Conceito de Res, Rei – coisa, ou objeto da sociedade
Corrente Filosófica: Positivismo

1830 – Publicação do Cours de Fhilosophie de Augusto Comte
Positivismo – Doutrina Filosófica que só aceita como válido aquilo que pode ser demonstrado cientificamente, ou seja, só há interesse nas coisas positivas.
1857 – Publicação de Madame Bovary de Gustave Flaubert, primeira obra realista
1859 – Publicação de Origens das Espécies de Charles Darwin, teoria da evolução, evolucionismo, âmbito da ciência
1861 – Sociedade do Raio – União dos Estudantes Revolucionários
1848 – Manifesto do Partido Comunista – Karl Marl, Engels – socialismo

1865 – Questão Coimbrã -  polêmica entre Castilho (Romântico) e Antero de Quental (Realista).
Castilho publica uma carta no livro poema  Mocidade de Pinheiro Chagas criticando Antero de Quental que responde num folheto chamado Bom Senso e Bom Gosto.
Na carta é criticado o livro Odes Modernas (1865) de Antero de Quental: critica o livro Visão dos Tempos e Tempestade Sonora, de Teófilo Braga, autor realista.

1871 – Conferências do Cassino Lisbonense. Palestras realizadas para atacar o clero.
Eram dez palestras programadas com o objetivo de atacar a Igreja, o clero, a burguesia e a sociedade portuguesa em geral e fazer propaganda do socialismo em Portufal.
Assunto das Conferências:
1ª) O Espírito das Conferências – Antero de Quental, visava  o ataque à sociedade portuguesa
2ª) Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos Últimos três Séculos – Antero de Quental
        a) Concílio de Trento (Séc. XVI), tese: Igreja, Inquisição, atraso
        b) Absolutismo  - poder dos Reis
3ª) A Literatura Portuguesa – Augusto Seromenho (cristão) – visão cristã da Literatura Portuguesa.
4ª A Literatura Nova – Eça de Queiroz – apresenta a Literatura como produto do meio e das relações sociais (homem como produto do meio social) – influência do Positivismo.
5ª) A Questão do Ensino – Adolfo Coelho – Relações da igreja com o Ensino.

Nesse ponto o Cassino foi fechado  e as Conferências interrompidas, alegando-se atentado à segurança nacional.

6ª) Os Historiadores Críticos de Jesus – Salomão Saraga – não realizada
7ª) O Socialismo – Batalha Reis – não realizada
8ª) A República – Antero de Quental – não realizada
9ª) A Instrução Primária – Adolfo Coelho
10ª) A Dedução Positiva da Idéia Democrática – Augusto Fuschini
ORIGEM DO REALISMO

França – Madame Bovary – Gustave Flaubert – 1ª obra realista

CARACTERÍSTICAS

1 – Oposição ao Romantismo
2 – Racionalismo
3 – Objetivismo
4 – Universalismo
5 – Crítica Social (obra literária é um instrumento a serviço de novas idéias, crítica à sociedade arcaica
6 – Formalismo – perfeição da forma; a palavra retratando fielmente a sociedade
7 – Filosofia materialista
8 - Anti-romantismo, anti-burguesia, anti-igreja
9 - Romance de tese
10 - Linguagem trabalhada
11 - Ataque ao casamento

AUTORES DO REALISMO PORTUGÊS

Eça de Queiroz, Antero de Quental e outros


BRASIL

1881 –     Realismo -  Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis
              Naturalismo – O Mulato – Aluízio de Azevedo
1893 –     Missal e Broquéis – Cruz e Souza

Antecedentes:
1868 – Escola de Recife – Tobias Barreto
            Movimento de São Paulo – José Bonifácio, o Moço.
           Jornalismo, Oratória – campanha da Abolição, República,         Democratização do País.

NATURALISMO – 1891 a 1893, inicia com Aluízio de Azevedo e sua obra O mulato.
- corrente que se desenvolve paralelamente ao Realismo e Parnasianismo.
- Naturalismo é o Realismo levado às últimas conseqüências, no campo da prosa. Adota uma linguagem com nuance científica.
-  tese: natureza e sociedade pesando sobre o homem (este como produto do meio)
- as forças naturais influenciando no comportamento do homem: natureza, ambiente social, educação, taras, instintos.
- conflitos, situações anormais, desfechos catastróficos, pessimismo.
- observação por meio de método científico, impessoal e objetivo.
- interesses amplos e universais
- visão determinista- mecanicista (fatalidade), positivismo e evolucionismo

NATURALISMO NA LITERATURA

- adota a teoria de que a Arte deve se conformar com a natureza, utilizando métodos científicos de observação e experimentação no tratamento dos fatos e personagens.

Seu criador foi Émile Zola no livro Lê Roman Experimentable. Afirma que o método do cientista deveria ser o do escritor.

CARACTERÍSTICAS

- oposição ao Romantismo
- o Realismo afirmou-se na prosa, coexistindo com
   Naturalismo – na prosa
   Parnasianismo – na poesia
- preocupações sociais
- novela experimental
- só aborda o presente e o futuro
- análise dos aspectos mais crus da realidade
- não se preocupa com a forma e sim com o conteúdo

-  Naturalismo, no seu sentido mais amplo significou a busca de uma explicação materialista para os fenômenos da vida e do espírito bem como a redução dos fatos sociais aos seus fatores externos,  sobretudo os biológicos, segundo padrões definidos pelas Ciências Naturais.

AUTORES REALISTAS

Machado de Assis, Raul de Ávila Pompéia, Manuel Antonio de Almeida, Alfredo d’Esgragnolle Taunay (Visconde de Taunay)

AUTORES NATURALISTAS

Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo, Juluio César Ribeiro Vaugham, Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha e outros.

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O comentário deixado pela brilhante recantista Ana Valéria Sessa é informação valiosa, que complementa este material. Ana sabe das coisas, tem uma sua cultura inspiradora:

22/04/2007 12h14 - Ana Valéria Sessa
Bom texto, Diana - sucinto e claro trazendo as características e desdobramentos do naturalismo. Me lembrei do romance de Émile Zola: Germinal, passado nas minas de carvão. Mostra a vida daquelas pessoas vivendo em condições miseráveis, numa atmosfera extremamente opressiva. A narrativa é de uma crueza super agressiva, mas muito boa. Vale a pena ver o filme com Gerárd Depárdieu. beijos, Valéria

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Apontamentos para Vestibular, 20/04/2007

Leitor, seu comentário é muito importante, obrigada.