Dirce Carneiro - Diana Gonçalves

Textos

MAREIRO


Na praia, não havia escudo
A força do vento vencia
O mar cada vez mais perto
Ondas gigantes em túnel
A areia no ar desenhava
paisagem à Monet e Renoir
Os grãos minúsculos
fustigavam a pele, ferindo-a
Longe estava a varanda, o abrigo
Cada vez mais distantes,
a casinha amarela, a visão da seringueira
Vultos de braços acenando
De repente, a mão estendida
Agarrei neste barco, a vida
Raio de sol teima em penetrar
as nuvens fechadas
Depois, só os sinais da ressaca



30/06/2009
DIANA GONÇALVES
Enviado por DIANA GONÇALVES em 27/06/2010


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